quinta-feira, 23 de junho de 2011

Uma mão lava a outra


E as duas juntas...

Ele sempre ajudou seus amigos a melhorarem de vida, com palavras, exemplos e até grana. Quis o destino que ele mesmo tomasse o caminho errado. Sumiu do nada, com vergonha, vivia trancado na casa de sua tia. Nunca mais iria olhar para suas caras. Caiu no mais fundo poço que se possa imaginar. Logo ele que ajudara tanto, e agora sozinho, parecia que a ajuda lhe fora negada. Já estava pensando em dar um final em tudo isso quando ouvir um bater na porta. Não iria atender, a batida ficou mais forte. Que se danem. Então outra batida se juntou à primeira, nem assim eu saio. E de repente, ouviu como se todas as mãos do mundo batessem na porta ao mesmo tempo. Saiu correndo e abriu porta com raiva, emudeceu, havia muitas e muitas pessoas lá fora, com comida, bebida, presentes e já foram entrando e começaram a arrumar tudo sem nem lhe dar atenção. Ficando por último aquele que considerava ser o melhor amigo.
- Seu filho da mãe não sabe o trabalho que deu pra achar você.
- Mas... Mas...
- Vá tomar um banho. Nossa! Você está fedendo. Está me olhando por quê? Vai logo!
Foi subindo mudo, letárgico, sem saber o que estava acontecendo, tomou banho e ao sair havia roupas limpas lhe esperando, um barbeador elétrico e um bilhete escrito, "Faça essa barba Papai Noel!". Olhou no espelho e riu, parecia mesmo o velho Noel. Fez a barba, vestiu-se e ao descer, encontrou os rostos conhecidos de todos que ajudara na vida, de crianças à senhoras, todos com um sorriso no rosto. Havia uma faixa enorme na sala e um bolo azul gigantesco na mesa. Assim que desceu todos gritaram juntos, "Feliz aniversário!". Começou a chorar sem parar, mas todos começaram a cantar, lhe abraçando e revezando entre feliz aniversario e ele é um bom companheiro. Havia mais de cem caixas de presente no chão da sala, a música parou, todos começaram a contar como ele mudara suas vidas e que agora, era a hora de retribuírem. Olhou para seu melhor amigo, o primeiro que ajudara na vida, quando ia abrir a boca para falar algo, o amigo o interrompeu, começando a dizer a frase que ele usava quando vinham lhe agradecer.
- Uma mão lava a outra!
Então ele completou.
- E as duas unem-se, para agradecer...
Nesse momento todos, juntando as mãos, falaram juntos.
- Dizendo Amém!


Joakim Antonio

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