quarta-feira, 16 de julho de 2014

Confissões - Descortinando Anne Sexton (poeta)





Enquanto você canta
Nem às paredes confesso
Lhe alerto que fuja
Ainda secreta e pura
Não suja por mim

Pois como já fui
Ainda estando
Sou menos que anjo
Com desejos mundanos
Despertos por ti

Não ligo pra eles
Pois já sou liberto
Me toco por fora
Te toco por dentro
Em grande frenesi

Seremos loucos
Em confissão mútua
Propondo batalhas
Num corpo a corpo
Respondendo sim

Joakim Antonio

"Não acho que escreva poemas públicos. Escrevo poemas muito pessoais, mas espero que eles se tornem no tema central da vida privada de outras pessoas." 

Anne Sexton 



Anne Sexton (Newton, 9 de novembro de 1928 - Weston, 4 de outubro de 1974) foi uma escritora estadunidense conhecida por sua poesia confessional bastante pessoal. Ela venceu o Prêmio Pulitzer de poesia em 1967. Os temas de seus poemas incluem sua longa batalha contra a depressão, suas tendências suicidas e vários detalhes íntimos de sua vida privada, incluindo seu relacionamento com familiares. Após de várias tentativas, ela acabou tirando a própria vida em 1974.

Poesia

Ao longo de sua vida, Sexton sofreu de severos transtornos mentais. Seu primeiro episódio maníaco ocorreu em 1954. Depois de um segundo colapso em 1955, ela conheceu o médico Martin Theodore Orne, que se tornou seu terapeuta de longa-data no Hospital Glenside. Foi Orne quem a encorajou a escrever poesia1 . A primeira workshop de poesia a que ela compareceu foi ministrada por John Holmes. Ela sentira grande trepidação no momento de se registrar para a aula e, por isso, pediu a um amigo que fizesse o telefonema e que a acompanhasse na primeira sessão. Graças às experiências com tal workshop, Sexton teve rápido sucesso com sua poesia, e seus poemas foram aceitos pelas revistas The New Yorker, Harper's e Saturday Review. Mais tarde, ela foi aluna de Robert Lowell na Universidade de Boston, juntamente com outros poetas distintos como Sylvia Plath e George Starbuck2 .

A vida poética de Sexton foi encorajada mais ainda por seu mentor e amigo W. D. Snodgrass, o qual ela conheceu durante uma conferência de escritores em 1957. Um dos poemas dele, Heart's Needle, serviu de inspiração para um dos temas de Sexton: a sua separação de sua filha de três anos de idade. Ela leu o poema citado pela primeira vez na época em que sua filha estava morando com sua sogra. Foi então que ela escreveu The Double Image, um poema que explora o relacionamento multi-generacional entre mãe e filha.

Enquanto trabalhava com John Holmes, Sexton conheceu Maxine Kumin. Elas se tornaram grandes amigas e assim permaneceram pelo resto da vida de Sexton. Além disso, Kumin e Sexton criticavam rigorosamente o trabalho de uma da outra e escreveram, juntas, quatro livros infantis. Pelo final da década de 1960, a doença mental de Anne Sexton começou a afetar sua carreira, embora ela continuasse escrevendo e publicando seu trabalho. Ela também colaborou com músicos, formando um grupo de jazz chamado Her Kind, que adicionava música à sua poesia. Sua peça teatral Mercy Street foi produzida em 1969, após anos de revisão, e inspirou uma canção homônima de Peter Gabriel.

Temas da obra

Além de seus temas padrões como depressão, isolamento, suicídio, morte e desespero, Anne Sexton escreve também sobre questões específicas das mulheres, como menstruação, aborto e, mais largamente, masturbação e adultério. À época, tais matérias não eram comumente usadas nos discurso poético. Wiki


Para saber mais:

  • Anne Sexton: A poetisa favorita de quem não gosta de poesia, por David Furtado em thewandrinstar
  • Quatro poemas de Anne Sexton, tradução de David Furtado emthewandrinstar
  • Cinco poemas de Anne Sexton, tradução de Jorge Sousa Braga em Poesia Ilimitada 






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